Abatedouro de Acari: quem explica?



O prefeito Antônio Carlos (Tom) decidiu finalmente quebrar o silêncio acerca do caso do Abatedouro Público de Acari, pauta de matéria recente veiculada neste blog. Como se sabe, a referida obra foi licitada em 2009 pelo governo de Wilma de Faria e Iberê Ferreira, e o contrato com a empresa WM Comércio e Indústria LTDA assinado em julho do mesmo ano, no valor de R$ 212.222,54 (duzentos e doze mil, duzentos e vinte e dois reais e cinquenta e quatro centavos); porém até o momento, quase 03 anos depois, os serviços não foram iniciados.


No programa de rádio da Prefeitura Municipal de Acari veiculado na sexta-feira passada (01), Tom afirmou que a empresa responsável pela execução da obra na cidade "ganhou 08 (licitações de) matadouros no Estado do Rio Grande do Norte e não conseguiu fazer nem um". Ele disse ainda que "a firma procurou o Estado, disse que não tinha condições de tocar e parou".

A afirmação do prefeito, ao invés de esclarecer, insere ainda mais dúvidas a respeito do caso. A principal delas, inclusive, já foi exposta na matéria principal e não foi respondida: qual foi o destino dos mais de R$ 212 mil dispostos na despesa com a obra, já que não houve execução?

Uma informação importante que deve ser levada em conta na avaliação de todo o processo é que o responsável pela empresa WM Comércio e Indústria LTDA, Sr. Washinton Luiz Maia, é ex-vice-prefeito do município de Rafael Godeiro e atual 1º vice-presidente do PSB local, partido dos ex-governadores Wilma de Faria e Iberê Ferreira e aliado do grupo político situacionista de Acari. Se a referida firma venceu 08 licitações de mesmo objeto (construção de abatedouros) e na mesma gestão, não realizou uma obra sequer – conforme relatou o prefeito Tom –, o valor total das obras não feitas totaliza cerca de R$ 1,7 milhão. É muito dinheiro.


Terreno

O prefeito Tom relatou ainda no programa de rádio que "o prefeito Dr. Juarez, na época, comprou um terreno e cedeu a EMATER para a construção do matadouro". O espaço em questão era pertencente ao irmão do atual gestor, Sr. Mário Manoel Fernandes de Medeiros. A dúvida que fica é: quanto custou a aquisição desse terreno e por que a demanda não foi pautada na Câmara Municipal naquele período?



Imagem recente do terreno

As dúvidas relativas ao caso são tantas que o Ministério Público resolveu investigar a fundo cada detalhe.

Ouça a seguir o trecho completo onde o prefeito Tom fala sobre o caso do Abatedouro Público de Acari:

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