Presidente da CNBB diz que Igreja Católica não deve ser usada como palanque eleitoral

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Prestes a realizar um debate entre os candidatos à Presidência da República no dia 16, o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Steiner, afirma que a Igreja Católica “não tem curral eleitoral”. O comentário alude ao ativismo político de pastores evangélicos como Silas Malafaia e Marco Feliciano, este último deputado federal que presidiu a Comissão de Direitos Humanos da Câmara em 2013. “Toda orientação é dada para que os padres não falem dentro das igrejas sobre candidatos”, afirma.

D. Steiner diz, porém, que o fato de o País ter neste ano entre os favoritos para chegar ao Palácio do Planalto uma política evangélica que faz questão de ressaltar sua religiosidade – e é apoiada por Malafaia e Feliciano – não o preocupa. “As instituições nunca podem deixar de dialogar, independentemente de quem seja. Independentemente da fé que essas pessoas expressam”, afirma, referindo-se à presidenciável do PSB, Marina Silva. Ele critica, na verdade, os políticos que se aproximam dos templos apenas em época de eleição. “Igreja não é palanque”, diz o líder católico.

Marcos Dantas

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