'confiança': Diretor da TAM embarca em voo citado em premonição

Painel mostra voo da TAM (último da lista) confirmado para as 8h30 (Foto: Olívia Florência/G1)

O vice-presidente de Operações e Manutenção da TAM, Ruy Amparo, embarcou na manhã desta quarta-feira (26) no voo com destino a Brasília citado em uma premonição do vidente Jucelino Nóbrega da Luz sobre um acidente aéreo. "Tudo relativo ao voo está na minha responsabilidade. Por isso que estou indo junto. Acho que é uma demonstração de confiança", disse ainda no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo.


O vidente Jucelino Nóbrega da Luz registrou em um cartório de São Paulo que, em 26 de novembro, o voo JJ3720, que sairia de Congonhas para Brasília, apresentaria problemas em uma das turbinas. A aeronave se chocaria com um prédio na Avenida Paulista, perto do cruzamento com a Alameda Campinas.

Por causa da premonição, a companhia deixou de usar, na escala de 26 de novembro, o número JJ 3720 para o voo. Na data e horário, o mesmo voo tem o número JJ 4732. "Mudamos o número para não atrair muito sensacionalismo, não criar uma marca. Você vê que a gente não está escondendo. Mas a gente mudou para não ficar atraindo muita atenção porque infelizmente, nessa hora, a gente respeita quem tem superstição", disse Amparo.

Nóbrega da Luz explicou que essa previsão apareceu para ele durante um sonho premonitório em julho de 2005 e disse que, desde então, envia cartas à companhia sobre o fato. Ele afirmou que registrou no 8º Cartório de Títulos e Documentos de São Paulo, em 24 de outubro de 2014, um documento descrevendo o acidente.
 

Ruy Amparo não esclareceu nesta quarta-feira se a aeronave prevista inicialmente para o voo foi trocada. "Ele já era um [Airbus] 319. Nós temos 27 desses na frota e com dois dias de antecedência você não sabe nem qual prefixo é porque a malha é muito dinâmica. Ontem [terça] nós tivemos chuvarada no Brasil inteiro, então o avião que foi alocado dois dias atrás foi mudando. O piloto é o mesmo porque a escala é mantida. Às vezes muda por causa da chuva, mas não é o caso."

Amparo, que é engenheiro, falou que "respeita todas as crenças", mas que confia na manutenção realizada na aeronave. "Respeitando todas as crenças, mas a gente trabalha dentro de um apuro técnico. O que vale para garantir a segurança de voo é todo investimento que você faz em manutenção, treinamento de piloto, em atividades com centro de controle, ou seja, um engenheiro crê muito mais nisso do que em qualquer outra coisa", explicou.


 

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