Comandante da PM em Parnamirim declara guerra aberta à bandidagem

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Setenta e cinco policiais por dia e 18 viaturas para atender quatro municípios, sendo 12 para Parnamirim. Essa é a estrutura da Polícia Militar na cidade, segundo o comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar, coronel Jair Júnior. Estrutura insuficiente para atender um município que não para de crescer.

Para Jair Júnior a questão de segurança é um problema social e não apenas da polícia. “A população precisa fazer a sua parte. Não deixe seus filhos em más companhias, acompanhe a rotina dele. O que mais vemos hoje são jovens em cima de motos Traxx, em horários inapropriados”, relata o coronel.

Em relação à insegurança nos bairros de Emaús e Parque Industrial, Jair Júnior, diz que essa situação é vivenciada não apenas em Parnamirim, mas em todas as cidades que crescem vertiginosamente. “Não há segmento que consiga acompanhar esse crescimento. Não é só a segurança que enfrenta problemas. Por isso, repito, as pessoas precisam fazer a sua parte”, diz o coronel, orientando os comerciantes a instalarem câmeras e outros dispositivos que inibam a ação dos bandidos.

Uma das grandes preocupações de Jair Júnior é reduzir o tempo resposta de um chamado das vítimas. Como Parnamirim não possui uma delegacia de plantão, as viaturas precisam se deslocar até Natal para registrar a ocorrência. “Ficamos com as nossas viaturas presas em Natal. Se tivéssemos uma DP de plantão aqui resolveríamos 90% dos nossos problemas”, declara.
Uma parceria foi firmada entre a Prefeitura e a Polícia Militar. E, para Jair Júnior, isso possibilitará intensificar o policiamento no município. “O convênio já foi firmado. O prefeito tem boa vontade e estamos nos acertos finais para que a administração assuma as diárias operacionais dos policiais”, informou.

Segundo Jair Júnior em Emaús e no Parque Industrial há apenas uma viatura em cada bairro, mas isso não é suficiente para coibir os crimes. “Temos homens de boa vontade e declaramos guerra à vagabundagem. Mas, às vezes ficamos engessados, sem poder ir além por causa da falta de estrutura e de efetivo”, concluiu.

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