Se vivo fosse, Maestro Felinto Lúcio completaria hoje 117 anos


Estátua em homenagem a Felinto Lúcio, afixada em frente a sede da Banda Filarmônica que também leva o seu nome.


Felinto Lúcio Dantas nasceu na então Carnaúba de Baixo, em 23 de março de 1898. Seus pais, Manoel Lúcio de Macedo e Jesuína de Jesus, se casaram no dia 6 de setembro de 1880 e tinham 6 filhos antes do nascimento de Felinto (outros 4 viriam a nascer depois). Os detalhes da infância de Felinto Lúcio permanecem ignorados, a não ser o fato de que ele começou a fumar aos dez anos de idade. A aprendizagem das letras se deu de uma forma inusitada. Nas areias próximas ao rio, ele aprendeu, com um primo seu, o ‘ABC’ seguido’, pagando, por cada letra ensinada, três pás de terra na abertura dos valados.

Na Foto: Maestro Felinto Lúcio Dantas (já debilitado) e Ana Lígia

Felinto limitou-se a aprender a ler e escrever apenas, reservando para si a responsabilidade pelo crescimento pessoal nas letras. Através da leitura, hábito que cultivou e estimulou nos filhos até o fim da vida.

A aprendizagem da música veio a se consumar logo depois. Felinto teve seu grande estímulo em 1915, quando assistiu os primeiros ensaios de uma valsa de seu primo, Tonheca Dantas, intitulada ‘Royal Cinema’, pela banda de Acari.

O músico e compositor estreante carregou consigo essa modéstia característica até o fim de sua vida, despertando a simpatia em quem o conhecia e causando admiração pela sua humildade sertaneja, principalmente quando se contemplava, ao cabo de uns poucos anos de trabalho, uma obra já invejável em tamanho e qualidade de inspiração.

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