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A Assembleia Legislativa, através de proposição do deputado Kelps Lima (SDD), realizou audiência pública para discutir a valorização das quadrilhas juninas dentro das políticas públicas do Rio Grande do Norte. O objetivo foi debater o apoio em todas as esferas do poder e contou com participação de autoridades, representantes do segmento e do Poder Público.

“É importante esse debate com o poder público, sociedade civil e quadrilheiros do movimento junino para que juntos possamos resgatar as quadrilhas juninas como forma de tradição cultural, folclórica e também como fonte de renda”, afirma Kelps Lima.


Defensora do movimento, a vereadora Eudiane Macedo (SDD) também esteve presente e falou da importância da valorização das Quadrilhas e Arraiás Juninos como forma de socialização e de formação educacional. A parlamentar disse que vai continuar lutando para que seja liberada a emenda para apoio financeiro às quadrilhas juninas e arraias de rua.

“Dancei sete anos em quadrilhas juninas, conheço de perto as inúmeras dificuldades que enfrentamos para colocar nas ruas nossa cultura, nossa dança. Estou aqui para debater e buscar soluções”, explica a vereadora.

De acordo com os participantes, a burocratização é a grande dificuldade na realização da maioria dos arraiás de rua. Os participantes explicaram que é preciso passar por seis órgãos para conseguir a liberação de um local que possa ser realizado o festejo. Por isso, os representantes do movimento defendem a centralização dos serviços e também querem a criação de um calendário junino na capital para atrair turistas neste período do ano, além de mais investimentos para o movimento junino.


A representante da Fundação Cultural Capitania das Artes, Odinélia Targino, reconhece as dificuldades do município e de todos que participam do movimento junino, mas garantiu que está ocorrendo um esforço conjunto para melhoria da situação.


“Estamos disponibilizando um edital que vai democratizar o cadastramento de todos, mas aproveito a oportunidade para pedir união da classe. Espero ainda que seja feito um aporte que possa se cumprir e beneficiar sem faltar aos outros”, disse Odinélia.


Segundo dados expostos na audiência, o Rio Grande do Norte conta com 185 grupos de quadrilhas juninas, o que aponta uma diminuição significativa (39%) comparada há 4 anos atrás, quando esse número era de 300. Para o Presidente da Federação Cultural das Quadrilhas Juninas, Nicolau Neto, isso se deve as questões burocráticas com documentos e certidões.

“Peço que a Funcarte e a Fundação José Augusto reveja isso com carinho e sugiro dividir de forma mais justa os prêmios para todos saiam beneficiados e o nosso trabalho fortalecido”, aclama Nicolau Neto.


Insatisfeito com a suposta desunião da classe e pela falta de apoio, Nicolau continuou. Temos um projeto para que a partir de 2016 as quadrilhas não se atenham somente no período junino, mas em qualquer outra época do ano. O objetivo é dar mais uma atração para os turistas e divulgar esse movimento antes que acabe com a nossa cultura, identidade presentes em todos os municípios do estado do Rio Grande do Norte e na Região Nordeste. Por isso peço a mobilização e união de todos quadrilheiros”, encerrou Nicolau.

O Secretário de Cultura de São Gonçalo do Amarante e Presidente do Arraiá Nordestino, Flávio Henrique, foi além das intrigas existentes e falou que a ação cultural está presente nos bairros com a participação dos jovens. Para ele, não trata-se somente de um movimento cultural, mas também social. Segundo ele, os quadrilheiros estão fazendo cultura sem apoio do poder público.


“Independente das dificuldades, o índice da marginalidade neste período diminui significativamente, pois os jovens estão envolvidos no movimento junino, sem contar que ocorre naturalmente o aquecimento no comércio e injeção financeira no mercado local”, finaliza o secretário.

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