Policia Prende Mulher que divulgou vídeo de Cristiano Araújo

Policia Prende Mulher que divulgou vídeo de Cristiano Araújo

Os funcionários da Clínica Oeste, que gravaram um vídeo da preparação do corpo do cantor Cristiano Araújo para seu funeral, que aconteceu entre a noite da última quarta-feira e manhã dessa quinta, serão demitidos por justa causa. As imagens geraram revolta nos fãs, que reclamaram na página do Facebook da empresa. Em nota enviada à imprensa, o estabelecimento informou que “repudia com veemência o ato dos dois funcionários que, de maneira mórbida, gravaram e divulgaram tais imagens”.

Leia a nota oficial da Clínica Oeste na íntegra:

“Em virtude dos últimos acontecimentos envolvendo a divulgação de imagens do corpo do cantor Cristiano Araújo, a Clínica Oeste vem a público informar que repudia com veemência o ato dos dois funcionários que, de maneira mórbida, gravaram e divulgaram tais imagens. A clínica tem como procedimento orientar sua equipe que, inclusive, assina regulamento interno de trabalho e Ordem de Serviço de Segurança e Medicina do Trabalho individual para cada caso, documentos estes que proíbem que toda e qualquer etapa do trabalho desenvolvido na empresa seja gravado, fotografado e, principalmente, divulgado. Diante do erro cometido por dois funcionários de seu quadro profissional, a clínica informa que não é conivente com este tipo de conduta e que já tomou as providências legais para efetuar as demissões por justa causa. A Clínica Oeste existe há quatro anos e reitera seu compromisso com a ética, a transparência, o zelo pela prestação do serviço e o respeito às famílias, e se solidariza com todos os que, como ela, repudiam tal ato”.

O vazamento do vídeo está sendo investigado pela Polícia Civil de Goiás. Nas imagens, que foram enviadas para o WhatsApp do Extra, aparecem duas pessoas: um homem de máscara e uma mulher que o auxilia e grava a sequência, enquanto o serviço é realizado. Nas redes sociais, fãs do cantor condenaram a gravação. O caso será acompanhado pelo Ministério Público.

A página no Facebook da Clínica Oeste, responsável pela preparação do corpo de Cristiano Araújo para o velório, está mais movimentada do que nunca. Muitos fãs do cantor e internautas têm publicado comentários repudiando a divulgação das fotos do corpo do cantor, que teriam sido tiradas no local e compartilhada por funcionários.

Em uma das mensagens compartilhadas na página, um internauta questiona: “cadê a ética e o respeito? Merecemos uma posição de vocês! Ridícula essa atitude! Falta de profissionalismo! Que a justiça seja feita”. Outra pessoa pergunta à clínica como é possível dar tranquilidade às famílias “divulgando vídeos dos entes queridos”, além de dizer que trata-se “falta de ética” e que está “indignada com tamanho desrespeito com o ser humano.”

Uma postagem específica chamou a atenção dos internautas. No início de junho, a clínica compartilhou em sua página uma foto da princesa Diana, lembrando que “o corpo da princesa foi submetido ao processo de tanatopraxia em 1997, embora o seu corpo jamais tenha sido exposto publicamente”. Nos comentários, usuários da rede social ironizaram a publicação. “Se tivesse passado por vocês, o mundo inteiro teria visto o cadáver”, diz um deles. Em outro comentário, uma pessoa escreveu que era uma “ironia ler a postagem depois do que seus funcionários vazaram na internet.”

Nessa quinta-feira, a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás, em conjunto com a Delegacia-Geral de Polícia Civil do estado, divulgou uma nota informando que “as investigações da Policia Civil e do Instituto de Medicina Legal de Goiás já constataram que as imagens não foram gravadas em instalações do IML” e que “apontam que o local pode ser a sala de um estabelecimento de preparação de corpos para velório e sepultamento e as pessoas que aparecem, funcionários da empresa”. A nota diz ainda que “o resultado das investigações será encaminhado para o Poder Judiciário” e que “as pessoas que participaram do ato criminoso podem ser condenadas à pena de 1 a 3 anos por vilipêndio a cadáver.”

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